sábado, 23 de julho de 2011

Cabelos

Não sei vocês, mas eu vivo uma relação de amor e ódio com o meu cabelo. Tem dias que acordo, penteio e penso: Nossa cabelo, como você está lindo! E provavelmente são os dias em que eu fico em casa. Há outros dias que acordo e não adianta pentear, o cabelo não me obedece. Não há nada que faça ele ficar de acordo com o que eu quero e esses são os dias em que eu saio de casa.
Como dizem por aí: NÃO DEIXE O SEU CABELO SABER QUE VOCÊ VAI SAIR!

Ontem mesmo, eu acordei e estava odiando meu cabelo. Pensei em várias coisas pra fazer nele: cortar, pintar as pontas, alisar, ondular... Qualquer coisa, desde que eu mudasse! Pensei então em fazer uma escova de chocolate que eu já havia feito a anos atrás. Mas as condiçõe$ não estão boas, se é que me entendem.

Bom, mas deixa eu explicar um pouco sobre essa escova de chocolate: É uma técnica que não utiliza formol na sua fórmula, sem falar que é à base de chocolate, hidrata e reduz o volume do cabelo. Aqui na minha cidade não foi muito barato para fazer, mas mesmo assim, eu amei o resultado. O cheirinho no cabelo de chocolate é bom demais, sem falar que reduz muito o volume era o que eu queria pois meu cabelo é grande e volumoso. Dura cerca de dois a três meses e o procedimento em si leva cerca de duas horas. O que pra mim é bom, comparado há oito horas que já fiquei no salão. Ê vida!

Mas então, como eu não tinha essas condições para fazer a tal escova novamente, resolvi hidratar ele. Há tempos que o pobrezinho implorava por uma hidratação, então lá fui eu. Peguei um creme que tinha aqui e passei no cabelo.
Creme: Novex Mix Restaurador (Para maiores informações é só clicar no nome do creme)
Não tinha muito tempo pra fazer uma coisa elaborada, então só passei o creme e fiz uma massagem no cabelo. E deixei ele agindo por uns trinta minutos.
Aí fui pro banho, tirei o creme e usei o meu shampoo de todo dia. E não, não era da mesma marca. Passei um pouquinho, mas bem pouquinho de condicionador só nas pontinhas pra ficar mais fácil de pentear. E bom, o resultado foi ótimo. Fiquei encantada!
Na hora de pentear senti que estavam mais macios, aí fui secar os cabelos e aí sim pude perceber a diferença. Bem mais fácil de secar, estavam macios e brilhosos.
Eu uso muito o secador e a prancha (ou chapinha, como preferirem) e fiquei impressionada com o resultado. Fiz a mesma rotina de sempre, sequei e passei a prancha. E quando terminei toda a minha exausta rotina de arrumar os cabelos percebi que ele estava anos luz melhor. Macio, leve e brilhoso.

Então meninas, se vocês querem hidratar os seus cabelos, eu indico muito esse creme. É ótimo! E se usarem, depois venham me contar o que acharam ok? Enfim, minha dica do dia é essa. Se gostarem do post, comentem, caso vocês gostem, eu posto mais coisas assim intercalando com meus textos.
Espero que gostem. Fica a dica, hein!

Renata Rigon
quarta-feira, 20 de julho de 2011

Amor, meu grande amor.

"Eu te amo tanto, mas tanto, que tive que arrancar algumas coisas daqui de dentro pra deixar só você, assim, por inteiro em mim."

Caio Fernando Abreu

E eu queria tanto, mas tanto poder perder esse bloqueio que eu tenho, olhar no fundo dos teus olhos e dizer tudo o que eu penso de ti. O quão incrível você é, como você se tornou especial pra mim e se não for exagerar, dizer o quanto essencial tu és pra mim.
Estranho falar em não exagerar... Logo eu falando isso. Eu que sou tão exagerada, tão escandalosa, logo eu que pra certas coisas não tenho medo de falar e dar a cara a tapa. Logo eu que digo ser tão corajosa, tão forte, tão dura, me vejo aqui, sem conseguir falar a sua importância na minha vida. E se não falo, escrevo. Mas escrevo mal. Confundo as palavras. Embaralho os pensamentos.
É como se me visse na sua frente, olhando nos teus olhos. Pensamentos a mil, começo a falar, gaguejo, me perco, me encontro, te encontro.
Estranho não é? Ter esse bloqueio. Ter e não gostar de ter esse bloqueio. Querer acabar com ele de uma vez por todas, afinal, você precisa saber o que se passa aqui dentro. É complexo, mas é sincero, é verdadeiro. Você sabe disso, não é? Afinal, em cada gesto, em cada carta, em cada bilhete, cada surpresa, cada sorriso, olhar, abraço, tudo tempo um pouco de mim. E se cada coisinha dessas tem um pouco de mim, tenho que te dizer que você me tem. E me tem por completo.
Dar voltas, ir e voltar, escrever e apagar, começar a falar e parar, tudo isso pra dizer a coisa mais simples, mais sincera e mais verdadeira que há no mundo: eu amo você.

terça-feira, 19 de julho de 2011

Querido diário

"18 de Julho de 2011:

Querido diário,

Hoje durante a aula lemos um texto sobre lembranças, recordações, fotografias, cartas. Era basicamente sobre as crianças terem acesso a certas lembranças. Lembranças que podem ser contadas por avós, pais, ou então através de fotografias ou até mesmo cartas.
Então comecei a pensar, o que eu terei para contar para meus filhos? Para meus netos? Quero que meus filhos corram pela casa, mexam nas minhas caixas e encontrem infinitos objetos que significaram muito para mim.
Quero que eles encontrem as cartas de amor que enviei ao pai deles, as milhares de cartas que escrevi ao pai deles, mas não enviei na época. Quero que encontrem as fotos das suas madrinhas, fotos nossas nas pousadas que costumamos fazer uma na casa das outras. Fotos que registram os vários dias em quem falamos de futuro e falamos sobre uma ser madrinha do filho da outra. E então no futuro seus afilhados estariam vendo fotos de suas madrinhas com apenas dezessete anos. Jovens, sem rugas, sem cabelos brancos...
Quero que eles encontrem as primeiras fotos que tirei com seu pai e digam: "nossa mamãe, como você era bonita", quero ouvir eles dizendo: "papai, por que você mordia a mamãe?", quero ver eles imitando as nossas fotos e rindo.
Quero poder olhar para o meu lado e ver ali, sentado naquele sofá vermelho o Gabriel. O meu Gabriel. Aquele mesmo de anos atrás. Com alguns fios de cabelo branco, com a barba grandinha e com alguns fios brancos, mas ainda assim, meu. Quero poder sorrir e dizer quer não foi em vão todas as vezes que eu aceitei seus pedidos de casamento, afinal, estaríamos exatamente da maneira que sempre sonhamos: casados, com os cinco filhos e na nossa linda e grande casa.

É diário, quem sabe daqui alguns anos eu não volto falando que tudo isso se realizou... É o meu maior desejo. Acredite!

Renata Rigon"

Anos e anos e anos após essa última escrita no diário, Benjamin encontra uma caixa minha com alguns cadernos, cartas e fotografias. Quando resolvi ler o meu diário, logo pensei em escrever na última folha dele que ainda estava em branco:

"24 de Outubro de 2030

Querido diário,

Anos sem passar por aqui não? Perdi até a prática de como escrever, mas acabei de reler algumas anotações e lembra quando eu falei sobre me ver no futuro com o Gabriel e com as crianças? Foi o que aconteceu agora. Estamos sentados na sala e eu estou vendo a seguinte cena: Gabriel está ajudando as crianças a lerem as nossas cartas de amor, o Benjamin está querendo imitar as fotos com a sua irmã Sophia, os outros três estão sentados ao lado de seu pai rindo das fotos das madrinhas, dos padrinhos, das várias coisas que encontramos na caixa.
É diário, olha só como eu estou... Sentada no sofá vermelho, olhando para o meu Gabriel, sim, aquele mesmo de anos atrás, aquele pelo qual me apaixonei e continuo apaixonada, o qual me casei após inúmeros pedidos de casamento, o qual constituí uma família. É diário, estou com quase trinta e sete anos e posso me sentir velha, mas é tão bom poder olhar e ver que estou exatamente da maneira que sempre sonhei. Com meus filhos, com meu marido, na casa que nós sempre sonhamos em ter.
E agora diário, eu encerro minha anotação, mas quem sabe daqui alguns anos a pequena Sophia não volta para falar contigo? Essa é uma prática que eu vou ensina-la, afinal, quantas coisas já não escrevi aqui? Quantos segredos só você e ele souberam? Quantas lágrimas e risadas já não passaram por aqui? Seria lindo se minha filha fizesse o mesmo.
Então, não é um adeus, é apenas um até logo. Em breve nós nos veremos diário. Tenho que ir... Tenho cinco crianças me chamando e o pai delas também.

Até breve diário,

Renata Rigon de Lourensi (sim diário, meu nome de casada, que tal hein?)"
sexta-feira, 1 de julho de 2011

As crianças estavam no quarto brincando. Todos de banho tomado, esperando por seu pai. Assim como eu fazia. Mas enquanto eles brincavam, eu sentava no sofá vermelho e o esperava. Sabia que chegaria cansado do trabalho, assim como eu também estava exausta, mas se tínhamos uma certeza era que no final do dia, não importasse o humor, o cabelo, a roupa, qualquer coisa, eu estaria ali, naquele sofá vermelho esperando ele chegar.

Era incrível como ainda sentia saudade. Tinha o visto na hora do almoço e agora já estava contando os minutos para vê-lo. Era sempre assim. Todos os dias. Quando casamos ambos prometeram que não mudariam. Sabíamos que às vezes a rotina podia desgastar o casamento, mas nos esforçávamos para não cair na rotina. Apesar de que havia uma coisa que jamais mudaria: o sentimento. O amor.

Ouvia o barulho do carro chegando. Parecia uma adolescente. O coração acelerava, as pernas tremiam, começava a me arrumar e quando então a porta se abria, novamente, eu travava. Mais uma vez, me apaixonava por aquela pessoa. Que agora era meu marido. Fora meu namorado durante anos e agora era bem mais que isso. Não importava como eu o chamava, era meu. De alguma maneira, me pertencia. Assim como a recíproca era verdadeira.

O vi colocar a pasta no sofá, fechou a porta, largou a chave em cima da estante e veio ao meu encontro. Me abraçou forte, beijou o topo da minha cabeça e sorriu. E toda vez que eu olhava para aqueles olhos, para ele, eu poderia jurar quantas vezes fosse preciso que eu o amaria até a última batida do meu coração. Poderia jurar que nada me tiraria dali. Daquela casa, daqueles braços. Dele!

Nos sentamos no sofá e como se fosse a primeira vez, me abraçou e ficamos ali. Como era todos os dias. Conversando por longos minutos, até ouvir a voz de Benjamin gritando: Papai! Papai! E vir correndo ao nosso encontro. Em seguida, vieram mais quatro. Correndo e pulando em cima de nós. E então, lá estávamos nós. Uma família. Completos. Como sempre foi e sempre seria.

Renata Rigon.

 

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